ACANTHACEAE

Staurogyne itatiaiae (Wawra) Leonard

EN

EOO:

1.471,313 Km2

AOO:

40,00 Km2

Endêmica do Brasil:

Sim

Detalhes:

Espécie endêmica do Brasil, ocorrendo nos Estados de São Paulo e Rio de Janeiro (Profice et al., 2011). Apresenta padrão de distribuição considerado raro (Kameyama et al., 2009). Staurogyne itatiaiae ocorre na Serra da Mantiqueira, em Itatiaia, no Estado do Rio de Janeiro, atingindo, ao sul, a Serra da Bocaina, no Estado de São Paulo (Braz, 2005).

Avaliação de risco:

Ano de avaliação: 2012
Avaliador: Julia Caram Sfair
Revisor: Tainan Messina
Critério: B1ab(iii)
Categoria: EN
Justificativa:

<i>Staurogyne itatiaiae</i> é encontrada na Serra da Mantiqueira, na Serra da Bocaina e no Parque Nacional do Itatiaia. Tem distribuição restrita (EOO=1.286,11 km²) e suspeita-se que a sua população tenha sofrido declínio devido à perda de hábitat. Além disso, em função da capacidade de dispersão limitada da espécie, podemos considerar a população severamente fragmentada. Aparentemente, há uma disjunção entre as populações das Serras da Bocaina e da Mantiqueira, o que justifica estudos futuros com o objetivo de se verificar o estado de conservação dessas subpopulações. Por esses motivos, <i>S. itatiaiae</i> foi considerada "Em perigo" (EN).

Perfil da espécie:

Obra princeps:

Espécie descrita em 1883 como Ebermaiera itatiaiaie, combinada como Staurogyne itatiaiae em 1937 (Braz, 2005).

Valor econômico:

Potencial valor econômico: Desconhecido

Ecologia:

Biomas: Mata Atlântica
Fitofisionomia: Floresta Ombrófila (Profice et al., 2011)., Floresta Ombrófila Densa/Aberta (Kameyama, 2009).
Habitats: 1.6 Subtropical/Tropical Moist Lowland
Detalhes: Espécie subarbustiva ou arbustiva (Profice et al., 2011). Atinge entre 1 e 1,5 m de altura (Kameyama et al., 2009). Ocorre ma Mata Atlântica, emFloresta Ombrófila (Profice et al., 2011) em locais sombreados, no interior da mata, às margens de trilhas e estradas (Braz, 2005). Apresenta síndrome de dispersão barocórica (Profice, com. pessoal). Encontrada com flores e frutos de março a julho e de outubro a dezembro (Kameyama et al., 2009).

Ameaças (1):

Estresse Ameaça Declínio Tempo Incidência Severidade
1 Habitat Loss/Degradation (human induced) local high
A espécie era muito bem representada em coleções botânicas para o Município de Itatiaia até a década de 60, mas apresenta poucos registros recentes, o que pode estar diretamente associado a devastação da vegetação nativa nessa região (Braz, 2005).

Ações de conservação (2):

Ação Situação
1.2.1.2 National level on going
Considerada como "Deficiente de dados" (DD) pela Lista de Espécies Ameaçadas do Brasil (MMA, 2008), e "Vulnerável" (VU) pela Biodiversitas (2005) B2ab(ii,iii).
Ação Situação
4.4 Protected areas on going
Ocorre no Parque Nacional de Itatiaia e na Estação Ecológica de Bananal (CNCFlora, 2011).